quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Felicidadania

Capítulo 4 - Livro Compreender e Ensinar

http://www.scribd.com/doc/8552687/Compreender-e-Ensinar

Resumo feito por Sheila Kimura

Capítulo 4 – Felicidadania
Cidadania + Felicidade
⇒Cidadania identifica-se com a participação eficiente e criativa no
contexto social, o exercício concreto de direitos e a possibilidade de experiências da felicidade, e esta entendida como concretização da vida, como realização.
⇒Cidadania e felicidade têm seu significado confirmado no espaço social
em que se instale a democracia.
Cidadania
Que ganha seu sentido num espaço de participação democrática, na
qual se respeita o princípio ético da solidariedade.
Grécia –cives: era propriamente o sócio da cidade, aquele que
possuía direitos e deveres comuns a todos os cidadãos e participava
ativamente das decisões coletivas.
Democracia
 Nas sociedades capitalistas contemporâneas, a cidadania vai se
identificar com a possibilidade de participar, através do voto, de decisões
políticas.
Democracia representativa
articulada com:
Democracia representativa

Guarda uma referência a algo de boa qualidade – a algo que se exercita como se deve ser, na direção do bem comum.
Perspectiva ética
⇒“(...) o trabalho docente competente é um trabalho que faz bem. É
aquele em que o docente mobiliza todas as dimensões de sua ação com o objetivo de proporcionar algo bom para si mesmo, para os alunos e para sociedade. Ele utiliza todos os recursos de que dispõe e o faz de maneira crítica, consciente e comprometida com as necessidades concretas do contexto social em que vive e desenvolve seu ofício”.
⇒A docência de melhor qualidade, que temos de buscar continuamente,
se afirmará na explicação dessa qualidade – o quê, por quê, para quê,
para quem. Essa explicação se dará em cada dimensão de docência.
o
Na dimensão técnica, que diz respeito à capacidade, comportamentos e atitudes – e à habilidade de construí-los e reconstruí-los com os alunos;
o
Na dimensão estética, que diz respeito à presença da
sensibilidade e sua orientação numa perspectiva criadora;
o
Na dimensão política, que diz respeito à participação na construção coletiva da sociedade e ao exercício de direitos e deveres;
o
Na dimensão ética, que diz respeito à orientação da ação, fundada no princípio do respeito e da solidariedade, na direção da realização de um bem coletivo.
⇒Para um professor competente, não basta dominar bem os conceitos da
área – é preciso pensar criticamente no valor efetivo desses conceitos para a inserção criativa dos sujeitos na sociedade. Não basta ser criativo – é preciso exercer sua criatividade na construção do bem estar coletivo. Não basta se comprometer politicamente – é preciso verificar o alcance
desse compromisso, verificar se ele efetivamente dirige a ação no
sentido de uma vida digna e solidária.
Capítulo 4 – Felicidadania
Cidadania + Felicidade
⇒Cidadania identifica-se com a participação eficiente e criativa no
contexto social, o exercício concreto de direitos e a possibilidade de experiências da felicidade, e esta entendida como concretização da vida, como realização.
⇒Cidadania e felicidade têm seu significado confirmado no espaço social
em que se instale a democracia.
Cidadania
Que ganha seu sentido num espaço de participação democrática, na
qual se respeita o princípio ético da solidariedade.
Grécia –cives: era propriamente o sócio da cidade, aquele que
possuía direitos e deveres comuns a todos os cidadãos e participava
ativamente das decisões coletivas.
Democracia
 Nas sociedades capitalistas contemporâneas, a cidadania vai se
identificar com a possibilidade de participar, através do voto, de decisões
políticas.
Democracia representativa
articulada com:
Democracia representativa
⇒Coutinho: Democracia é sinônimo de soberania popular. Ou seja:
podemos definí-la como a presença efetiva das condições sociais e institucionais que possibilitam ao conjunto dos cidadãos a participação ativa na formação do governo e em conseqüência, no controle de vida social. Uma verdadeira democracia é um processo que implica não só modificações políticas, mas também modificações econômicas e sociais.
⇒Dagnino: “emergência de uma nova noção de cidadania” e a visão
liberal:
Na nova cidadania, há possibilidade de não só usufruir dos
direitos existentes, mas de inventar novos direitos;
A nova cidadania se dá como uma estratégia dos
excluídos, com a definição dos direitos pelos que não são
considerados cidadãos;
A nova cidadania se constitui num desenho mais igualitário
das relações sociais;
A nova cidadania inclui não só a relação do indivíduo com
o Estado, mas a relação com a sociedade civil;
A nova cidadania reivindica não a “inclusão” no sistema
político, mas o direito de participar na própria definição do
sistema;
A nova cidadania leva em conta a diversidade de questões
emergentes
nas
sociedades
contemporâneas, principalmente nas latino-americanas: as questões de gênero, de saúde, de meio ambiente, etc.
⇒Canclini: ultrapassar a “noção estatizante de cidadania” e considerar no
conceito não apenas a referência que este guarda em relação aos
direitos à igualdade, mas também em relação aos direitos à diferença.
⇒A relação entre cidadania e democracia explica-se também no fato de
que ambas são processos. O empenho de uma democratização, assim
como de uma construção constante da cidadania.

Felicidade
É realizando sua tarefa de cidadão que cada individuo “pode dar prova
de suas qualidades e experimentar a felicidade especificamente humana
da vida ativa”.
Felicidade como objetivo de uma vida que se experimenta
coletivamente.
Para Aristóteles, a finalidade da ação humana é a felicidade – atividade
racional
Viver criativamente
Nodari: “para ser feliz, o homem deve viver pela inteligência e segundo
a inteligência”.
Na experiência da felicidade tem-se o envolvimento pleno das
capacidades do ser humano
Marina: inclui “o agradável, o interessante, o belo, o
estimulante e o alegre”.
Se afirmarmos que felicidade é outro nome para o bem comum e que o
bem comum é o bem coletivo, bem público, queremos dizer que ela se
identifica com a possibilidade de participar criativamente da sociedade.
Alteridade e autonomia
É no convívio que se estabelece a identidade de cada pessoa, na
sociedade.
Conjuga característica singulares de um individuo à situação em que ele está.

Identidade – algo construído nos limites da existência social dos
sujeitos.
Somos o que somos porque estamos numa
determinada circunstância.
Galeano: “Somos (...) o que fazemos para transformar o que somos. A
identidade não é uma peça no museu, quietinha na vitrine, mas a
sempre assombrosa síntese das contradições nossas de cada dia”.
Princípios que estão presentes na reflexão ética – respeito mútuo,
da justiça, do diálogo, da solidariedade.
Todos apontam para algo que é o núcleo da relação
intersubjetiva que se pauta pela ética: o
reconhecimento do outro.
Relação social – relação entre sujeitos
– relação sistemática
Não posso dizer que sou eu, se não sou
reconhecido pelo outro e se não o reconheço
como alguém como eu.
Diferente e igual
O contrario de igual é desigual e não diferente.
Conotação política e
social.
A afirmação da identidade se dá na possibilidade da existência da
diferença e na luta pela superação da desigualdade.
Ricoeur: “o poder existe quando os homens agem juntos: ele
desaparece a partir do momento em que eles se dispersam”.

competente contribuirá para a formação da cidadania não apenas do aluno, mas do próprio professor – uma vez que o que se diz a respeito da pessoa que se deseja formar é exatamente o mesmo que se deve exigir para a pessoa formadora, para o docente.
2. Construir a felicidadania, na ação docente, é tomar como referência o
bem coletivo.
Domínio dos conhecimentos necessários;
Definição e o desenvolvimento de conteúdos voltados para
as demandas concretas do social;
Escolha de recursos efetivamente mediadores para a
socialização de conhecimentos e valores;
Consciência das finalidades e das implicações das ações e
a reflexão constante sobre o fundamento do trabalho.
Elementos definidores da boa qualidade
Na direção do bem coletivo.
3. Construir a felicidadania, na ação docente, é envolver-se na elaboração
e desenvolvimento de um projeto coletivo de trabalho.
Passado como memória e tradição, e o futuro, como projeto.
Severino: “A escola é o lugar do entrecruzamento do projeto coletivo e
político da sociedade com os projetos pessoais e existenciais dos educadores. É ela que viabiliza a possibilidade de as ações pedagógicas dos educadores tornarem-se educacionais, na medida em que as impregna das finalidades políticas da cidadania que interessa aos educandos”.

Projetos – mapas para o trabalho do coletivo na escola
“O mapa é a certeza de que existe o lugar”.
Caráter utópico do trabalho pedagógico
⇒Aponta para algo ideal – que ainda não existe, mas que pode vir a
existir.
4. Construir a felicidadania, na ação docente, é instalar na escola e na aula
uma instância de comunicação criativa.
Relação professor-aluno: relação comunicativa
No processo de ensino-aprendizagem, o professor, ao comunicar-se
com os alunos faz com que comuniquem-se uns com os outros e
com a realidade, com os conhecimentos e os valores.
A linguagem é o instrumento para entrar em relação com os alunos,
sua realidade e suas experiências
Múltiplas as linguagens: a corporal, a escrita e a falada.
A palavra do professor conduz à aventura de pensar o mundo e
apropriar-se dele de uma maneira peculiar.
Para construir o bem comum, é necessário tornar comum o saber,
romper com a idéia do conhecimento como propriedade privada, colocar ao alcance de todos os que se produz, para que seja apropriado e transformado.
Comunicação pedagógica se realiza efetivamente no diálogo.
Este se faz na diferença e na diversidade.
Falamos em comunicação criativa: não só como um gesto do
professor que “faz saber ao aluno alguma coisa”, mas um gesto do aluno, que, no processo comunicativo, “faz saber – constrói conhecimento cria cultura e história – com o professor e os colegas”.
5. Construir a felicidadania, na ação docente, é criar espaço, no cotidiano
da relação pedagógica para a atividade e a alegria.
Festa promovida pelo corpo docente da escola na relação com o
corpo discente.
Está relacionada ao sentimento positivo de saborear o
mundo, quando se sabe dele. E também ao sentimento de
partilha.
A felicidade está presente quando se aprendem os conteúdos
necessários para a inserção na sociedade, quando se respeitam os
direitos de todos, quando se aprimoram as condições de trabalho.
A ação do professor será de boa qualidade quando for “plena de vida, de
força, de inteligência e de alegria”
6. Construir a felicidadania, na ação docente, é lutar pela criação e pelo aperfeiçoamento constantes de condições viabilizadoras do trabalho de boa qualidade.
Condições infra-estruturais para o trabalho.
São boas condições “saber filosofia”, “ter habilidade para ensinar” –
responsabilidade do docente – e também “ter um salário digno”, “ter
tempo para preparar e avaliar o trabalho”, “ter classes com número de
alunos condizentes com a natureza do trabalho”, “ter apoio dos colegas na organização do projeto coletivo”, “ter salas iluminadas e arejadas e material pedagógico de apoio”.
São boas condições a atitude crítica e responsável, da parte do docente,
e também o respeito a todos seus direitos, da parte dos alunos, dos
colegas, da direção, dos dirigentes do sistema educativo.

Epicuro e a felicidade

Epicuro - Carta a felicidade

Introdução

Epicuro nasceu em 341 a.C., na ilha grega de Samos, mas sempre ostentou a cidadania ateniense herdada pelo pai emigrante.
Em Samos, ele passou a infância e a juventude, iniciando seus estudos de filosofia com o acadêmico Plânfilo, filósofo platônico cujas lições seguiu dos 14 ao 18 anos. Ao atingir essa idade Epicuro transfere-se para Atenas para cumprir os dois anos obrigatórios do treinamento militar destinado aos febos. Em 306 a.C. ele adquire uma ampla casa com um amplo jardim onde abriu sua famosa escola em Atenas, logo conhecida como "O Jardim de Epicuro"
Epicuro faleceu em 270 a.C., aos setenta e dois anos de idade, e foi seu fiel discípulo Hemarco quem o sucedeu na direção da escola. A carta a Meneceu, de Epicuro, é mais conhecida como Carta sobre a felicidade tendo em vista atingir a tão almejada "saúde do Espirito".
Tem como meta atingir a felicidade do homem, a começar pela crença na existência dos deuses, considerados imortais e bem aventurados.
Em outro tópico é apresentada a morte, como o mais aterrador dos males.
Para Epicuro vencer o medo da morte é necessário, pois o importante é a qualidade de vida e não a duração. Já o desejo é acompanhado das grandes necessidades, do cuidado do corpo e da tranqüilidade do espirito. O prazer como bem principal é inato, não é algo que deva ser buscado a todo custo.
E finalmente o homem sábio jamais deve acreditar cegamente no destino e na sorte como se estes fossem fatalidades inexoráveis e sem esperança, despontando aqui a sua crença na vontade e na liberdade do homem.

Carta sobre a felicidade

A filosofia é útil a todos não importando a idade, seja para o jovem ou para o velho.


" que ninguém hesite em se dedicar à filosofia enquanto jovem, nem se canse de faze-lo depois de velho, por ninguém jamais é demasiado jovem ou demasiado velho para alcançar a saúde do espírito.(Epicuro, carta sobre a felicidade, pág.21).


A filosofia nos traz ao envelhecer a recordação das coisas que já se foram e enquanto jovem as coisa que virão. É necessário cuidar das coisas que trazem a felicidade, Epicuro da seus ensinamentos e diz: "pratica e cultiva os ensinamentos que sempre vos transmiti, na certeza de que eles constituem os elementos fundamentais para uma vida feliz." (Epicuro, carta sobre a felicidade, pág.23).

Epicuro traz em primeiro lugar a sua consideração as divindades como um ente imortal não podendo contribuir a ela nada que seja incompatível com sua imortalidade. Os deuses de fato existem e é evidente o conhecimento que temos deles. Surge então a crença que os deuses trazem malefícios, quando o ímpio atribui aos deuses os falsos juízos. Daí a crença de que os deuses causam os maiores malefícios aos maus e maiores benefícios aos bons.
Epicuro também nos traz a idéia de que a morte para nós não é nada.

"A morte para nós não é nada, visto que todo bem e todo mal residem nas sensações, e a morte é justamente a privação das sensações." (Epicuro, Carta sobre a felicidade, pág.27).

Aquele que não tem medo de morrer, está convencido que não há nada de terrível em deixar de viver, por isso Epicuro diz que a morte é chegada pois aflige a própria espera, e aquele que está preparado para receber não fica afligido pois não tem o medo da morte, visando ele a imortalidade do espirito.

"Quando estamos vivos, é a morte que não está presente; ao contrario, quando a morte está presente, nós é que não estamos.A morte, portanto, não é nada, nem para os vivos, nem para os mortos, já que aqueles, ela não existe, ao passo que este não estão nem aqui." (Epicuro, Carta sobre a felicidade, pág.29).


Ser um homem sábio é ser um homem que sabe viver bem, sem medo do que há por vir, para um homem sábio viver não é um fardo e o não viver não se torna um mal. O viver para Epicuro tem um sentido muito grande e bonito quanto a vida. Mesmo sabendo que o futuro não é nosso, o homem é livre.

A escolha pelo prazer se têm, a natural e a necessária ambas caminhando juntas.
Só sentimos prazer quando sofremos pela sua ausência.
"O prazer é o inicio e o fim da vida".( Epicuro, Carta sobre a felicidade, pág.37).

Más não escolhemos qualquer prazer, embora seja ela inato.

Saber avaliar a dor e o prazer é o grande critério para atingir a felicidade.


"Quando então dizemos que o fim último é o prazer, não nos referimos aos prazeres intemperantes ou aos que consistem no gozo dos sentidos,... mas o prazer é a ausência de sofrimentos físicos e de perturbações da alma." (Epicuro, Carta sobre a felicidade, pág.41).


"Medita, pois todas esta coisas e muitas outras a elas congêneres, dia e noite, contigo mesmo e com teus semelhantes, e nunca mais te sentirás perturbado, que acordado, quer dormindo, mas viverás como um deus entre os homens. Pois não se assemelha absolutamente a um mortal o homem que vive entre bens imortais." Epicuro, Carta sobre a felicidade, pág.48).

A filosofia, para Epicuro, deveria servir ao homem como instrumento de libertação e como via de acesso à verdadeira felicidade. Está consistiria na serenidade de espírito que advém da consciência de que é ao homem que compete conseguir o domínio de si mesmo.
Com sua concepção da realidade, Epicuro pretende libertar o homem dos dois temores que o impediram de encontrar a felicidade: o medo dos deuses e o temor da morte. Os deuses existem, afirma Epicuro, mas seriam seres perfeitos que não se misturam às imperfeições e as vicissitudes da vida humana.
Quanto à morte, não há também porque teme-la. A morte, portanto, não existe enquanto o homem vive e este não existe mais quando ela sobrevém.
Epicuro afirma que o prazer que o homem deve buscar não é o da pura satisfação física imediata e mutável. Para Epicuro o prazer que deve nortear a conduta humana é constituído pela ausência de perturbação e pela ausência de dor, ambas podem ser alcançadas na medida em que o homem, através do autodomínio, busque a auto-suficiência que o torne um ser que tem em si mesmo sua própria lei, capaz de ser feliz e sereno independentemente das circunstâncias.

Bibliografia

Epicuro. Carta sobre a felicidade: (a Meneceu) / Epicuro: tradução e apresentação de Álvaro Lorencine e Enzo Del Carrote. – São Paulo: Editora Unesp, 2002.
Ao usar este artigo, mantenha os links e faça referência ao autor:
Epicuro - Carta a felicidade publicado 23/08/2009 por Alexandre Ferreira em http://www.webartigos.com


Fonte: http://www.webartigos.com/articles/23731/1/Epicuro---Carta-a-felicidade/pagina1.html#ixzz0vkDA2Yni

Essencial à Felicidade

De acordo com a PEC, o artigo 6º da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 6º São direitos sociais, essenciais à busca da felicidade, a eduucação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”.

Por uma Constituição humana e feliz
SEG, 26 DE JULHO DE 2010 16:47

Ana Paula Siqueira - JORNAL DO BRASIL
Entidades que abraçam a causa veem mudança em meio jurídico

Humanizar a Constituição Federal (CF). Essa é a intenção do senador Cristovam Buarque (PDT) ao apresentar a chamada PEC da Felicidade. Pela proposta, os direitos sociais, descritos na CF como educação, saúde, alimentação, trabalho e outras tantas garantias importantes, passariam a vigorar como essenciais à busca da felicidade.
Na prática, pouca coisa mudaria na vida do brasileiro.
O objetivo é fazer uma transformação mais delicada: na cultura da população.
A proposta conta com o apoio de diversas entidades, inclusive as associações nacionais de Procuradores da República (ANDPR) e dos Defensores Públicos (Anadef).
Além do Movimento + Feliz, sob o argumento de que a humanização das leis é uma tendência mundial.
De acordo com o presidente da organização, Mauro Motoryn, a PEC mudará a ótica dos advogados, que passarão a interpretar os serviços essenciais como necessários à felicidade do indivíduo.
O que, segundo ele, já acontece em algumas decisões judiciais.
- O Estado existe para servir ao cidadão. - afirma - A PEC provoca uma mobilização, uma mudança de atitude do cidadão no sentido de cobrar mais qualidade nos serviços prestados pelo Estado.
Ele cita o ranking da revista norte-americana Forbes, divulgado na semana passada, em que o Brasil aparece como 12º país mais feliz do mundo, empatado com o Panamá.
E defende que as nações mais bem colocadas são as que têm as políticas sociais mais definidas.
Não é PEC da Felicidade
Para Cristovam Buarque, a designação que o nome ganhou é errada. O autor da PEC afirma que o objetivo não é instituir a felicidade como cláusula constitucional. Mas, dar "humanidade" à Carta Magna. Ele se queixou das críticas recebidas e, assim como o Movimento + Feliz, garantiu que o que vai mudar é a postura das pessoas com relação à busca pelos seus direitos.
- A Constituição é fria, é jurídica - argumenta.
Segundo ele, que conseguiu 34 assinaturas para apresentação da proposta, sete a mais que o mínimo exigido, nenhum senador assinou a PEC sem ter a exata noção do seu significado.
A avaliação é que a proposta acabe sendo analisada apenas na próxima legislatura, já que após o recesso os parlamentares se dedicam de corpo e alma às eleições de outubro.
O líder da oposição, senador Alvaro Dias (PSDB), acredita que é uma proposta indiferente e que não trará nada de prático para a vida do cidadão.
- Será que vamos ficar todos felizes? - ironiza.
Dias afirma que o grande problema é gerar uma falsa expectativa de mudança na população. Entretanto, acredita que o debate sobre o assunto é pedagógico porque faz com que as pessoas conheçam melhor os seus direitos. Questionado se votará contra a proposta, ele foi enfático: - Votarei a favor. Não sou contra a felicidade de ninguém.
Na Câmara, a proposta ganha força. A deputada Manuela D'ávila (PCdoBRS) pretende apresentar PEC com o mesmo teor. Ela afirma que quase todas as 171 assinaturas necessárias para apresentação da proposta já foram conseguidas. A ideia é protocolar durante o esforço concentrado, em agosto.
- Nosso país viveu o grande momento da Constituição Federal quando discutimos os artigos básicos.
Agora temos que lutar pelos serviços do jeito que a população merece.
- argumenta - Para resgatar o debate sobre os direitos fundamentais.
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ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO ( SEG, 26 DE JULHO DE 2010 16:47 )
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"Todas as crianças precisam ter a mesma chance. Elas não podem ser discriminadas só porque nasceram em uma cidade muito pequena ou porque os pais são pobres e vivem em uma área de periferia. Elas devem ter a chance de estudar em escolas que são iguais às melhores escolas do país. Todas as escolas devem ter o mesmo padrão. Todos os professores e professoras devem ser formados(as) em universidades e cursos com a mesma qualidade. Isso é possível. Se você vai em uma agência do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal, em qualquer cidade do Brasil, o padrão de atendimento e de serviço é o mesmo; são instituições que mostram que o Estado brasileiro tem capacidade de gerar organizações que funcionam. Assim deveria ser também com as escolas. Professores e professoras bem remunerados(as), com meios de trabalho e ambiente adequados. Livros, currículo, computadores, tudo para ajudar a ter o mesmo padrão e a formar as crianças oferecendo-lhes a mesma chance. Os(as) professores(as) devem ter seus salários pagos pelo governo federal, seguindo um plano nacional de educação de qualidade e a escola gerenciada pela prefeitura e pela comunidade, aberta à participação dos pais, das mães e de toda a comunidade." Cristovam Buarque, em debate no plenário do Senado Federal, 10/8/2007

Este portal tem por objetivo servir para a comunicação, informação e debate do mandato do Senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Foi elaborado com base no software livre Joomla, versão 1.5, e contém vários programas que facilitam a interatividade e a participação social. A primeira versão iniciou-se como portal oficial em junho de 2007 e quando chegou a 3 milhões de acessos, em fevereiro de 2009, resolvemos fazer esta atualização e a inclusão de novos programas. Você é parte desse processo. Se quiser fazer uma sugestão ou ajudar na difusão das ideias do senador Cristovam Buarque, fique à vontade, escreva, telefone ou venha nos fazer uma visita.
Senado Federal - Praça dos Três Poderes - Ala da Biblioteca Gab. 05 - 70165-900 Brasília - DF - Tel. (61) 3303-2281 (61) 3303-2281
Participe você também da Revolução na Educação

A Felicidade na Constituição

De acordo com a PEC, o artigo 6º da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 6º São direitos sociais, essenciais à busca da felicidade, a eduucação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Estigma: Notas sobre a Manipulação da Identidade Deteriorada

GOFFMAN, Erving. Estigma: Notas sobre a Manipulação da Identidade Deteriorada. Editora Guanabara Koogan S.A.: Rio de Janeiro, 1988

Título original:
Stigma - Notes on the Management of Spoiled identity
Publicado por Prentice-Hall., Englewood Cliffs, Nova Jersey, EUA, 1963.

http://translate.googleusercontent.com/translate_c?hl=pt-BR&langpair=en%7Cpt&u=http://www.scribd.com/doc/16661891/Goffman-Erving1963-Stigma&rurl=translate.google.com.br&twu=1&usg=ALkJrhjP1wmin2WjZaC4yh473eWZ_lxZ1w

ÉTICA PRÁTICA

SINGER, Peter. Ética Prática - São Paulo: Martins Fontes, 1993.

http://www.scribd.com/doc/7299953/Peter-Singer-Etica-Pratica

terça-feira, 9 de março de 2010

Tornar a Educação Inclusiva

AINSCOW, Mel. Tornar a Educação Inclusiva: como deve ser conceituada? In: Osmar Fávero, Windi Ferreira, Timothy Ireland e Débora Barreiros (Orgs.), Tornar a Educação Inclusiva. Brasília: UNESCO, 2009. p.11 e 23

http://unesdoc.unesco.org/images/0018/001846/184683POR.pdf

sexta-feira, 5 de março de 2010

Atividade de compreensão do texto:

Leitura Analítica: AINSCOW, Mel. Tornar a educação inclusiva: como esta tarefa deve ser conceituada? In: Osmar Fávero, Windy Ferreira, Timothy Ireland e Débora Barreiros (Orgs.), Tornar a educação inclusiva. Brasília: UNESCO, 2009. p.11 e 23.

A partir da leitura analítica do texto de AINSCOW, Mel. Tornar a educação inclusiva: como esta tarefa deve ser conceituada?

1. Descreva qual é a base de suas ações e sobre que as direções que gostaria de ver o desenvolvimento da educação seguir?

2. Defina a noção de inclusão:

quinta-feira, 4 de março de 2010

Plano de Ensino 2010.1

Serviço Público Federal
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO ESTUDOS ESPECIALIZADOS EM EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA

CÓDIGO: EED 7102
DISCIPLINA: DIFERENÇA, ESTIGMA E EDUCAÇÃO CRÉDITOS: 03
Profa. Ida Mara Freire
Semestre: 2010.1

Plano de Ensino

Ementa: Teorias modernas e contemporâneas sobre o juízo perceptivo de si e do outro. Introdução ao estudo sistemático dos conceitos vinculados com os processos de diferenciação individual e social e sua repercussão no contexto escolar. Alteridade, Diálogo e Ética na Educação.
Súmula
Teorias, conceitos, juízo perceptivo de si e do outro no contexto escolar. Alteridade, Diálogo e Ética na Educação.

OBJETIVO GERAL E/OU ESPECÍFICO:
• Proporcionar ao estudante estudo das teorias, conceitos filosóficos, antropológicos, psicológicos, envolvidos nas relações intergrupais e interindividuais e analisar suas repercussões no contexto escolar.
• Discutir os conceitos inclusão, ética, igualdade, diferença, estigma, estereótipos, preconceito, identidade social e alteridade.
• Examinar a prática pedagógica no trato da diferença [social e individual] no ambiente educacional.
• Compreender a escola como espaço de acolhimento da alteridade.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO E CRONOGRAMA

Unidade I: Escola na contemporaneidade
Noção: Inclusão
Data: 01, 02 de Março (semana 1)
Escritos Breves:
FREIRE, IDA MARA. Escola: de que amanhã? Florianópolis. CED. UFSC. 2010. Apostila.

Data: 8,9 de Março (semana 2)
Atividade: Definição de conceitos




Data: 15, 16 de Março (semana 3)
LEITURA ANALÍTICA: AINSCOW, Mel. Tornar a educação inclusiva: como esta tarefa deve ser conceituada? In: Osmar Fávero, Windy Ferreira, Timothy Ireland e Débora Barreiros (Orgs.), Tornar a educação inclusiva. Brasília: UNESCO, 2009. p.11 e 23.

Data: 22,23 de Março (semana 4)
Atividade: Compreensão do texto e definição da noção inclusão


Unidade II: Diferença na Formação de Professores
Noção: Diferença

Data: 29, 30 de Março (semana 5)
Escritos Breves:
FREIRE, IDA MARA. O estudo da diferença Florianópolis. CED. UFSC. 2010. Apostila.


Data: 05, 06 de Abril (semana 6)
LEITURA ANALÍTICA: DERRIDA, Jaques e ROUDINESCO, Elisabeth. Políticas da Diferença. In: DERRIDA, Jaques e ROUDINESCO, Elisabeth. De que amanhã...Diálogo. Rio de Janeiro. Jorge Zahar. 2004. p.7,8; 32-47.

Data: 12, 13 de Abril (semana 7)
Atividade: Compreensão do texto e definição da noção diferença.


Unidade III: Corpo e identidade na escola
Noção: Estigma
Data: 19,20 de Abril (semana 8)
Escritos Breves:
FREIRE, IDA MARA. Corpo Marcado: o estigma no contexto escolar. Florianópolis. CED. UFSC. 2010. Apostila.
Data: 26, 27 de Abril (semana 9)
LEITURA ANALÍTICA: GOFFMAN, Erving. (1988), Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. Tradução de Márcia B.M.L. Nunes. 4ª. Ed. Rio de Janeiro, Guanabara. p.7-28.

Data: 03, 04 de Maio (semana 10)
Atividade: Compreensão do texto e definição da noção estigma.

Unidade IV: Juízo Perceptivo e a formação de Estereótipos
Noção: Preconceito

Data: 10, 11 de Maio (semana 11)
Escritos Breves:
FREIRE, IDA MARA. Brincando de esconde-esconde: a construção da identidade da criança afrodescendente no contexto da educação infantil. Florianópolis.NEN. Núcleo de Estudos Negros. 1998.

Data: 17, 18 de Maio (semana 12)
LEITURA: TAJFEL, Henri. (1982). Aspectos cognitivos do preconceito. In: H.Tajfel. Grupos humanos e categorias sociais. Tradução de Lígia Amâncio. Lisboa, Livros Horizonte; vol. I, p.143-159

Data: 24, 25 de Maio (semana 13)
Atividade: Compreensão do texto e definição da noção preconceito.


Unidade V: O acolhimento da alteridade
Noção: Igualdade
Data: 31, 1 de Junho (semana 14)
Escritos Breves:
FREIRE, IDA MARA. Educação e o desafio da coexistência. Florianópolis. CED. UFSC. 2010. Apostila.

Data: 7, 8 de Junho (semana 15)
LEITURA: SINGER, Peter. (1994), “A Igualdade e suas implicações”, in P. Singer. Ética Prática. Tradução de Jefferson Luiz Camargo. São Paulo, Martins Fontes, p.25-64.

Data: 14, 15 de Junho (semana 16)
Atividade: Compreensão do texto e revisão das noção igualdade.

Avaliação:
Data: 21, 22 de Junho (semana 17)

Recuperação:
Data: 28, 29 de Junho (semana 18)


BIBLIOGRAFIA SELECIONADA:
ARENDT, Hannah (1993) A dignidade da Política. Rio de Janeiro. Relume-Dumará.
AQUINO, Julio Groppa. (1998) Diferenças e preconceito na escola: alternativas e práticas. São Paulo, Summus Editorial. 1998
BURBULES, Nicholas & RICE, Suzanne (1993) Diálogo entre as diferenças: continuando a conversação. in: SILVA, Tomaz. (org. ) Teoria educacional crítica em tempos pós-modernos. Porto Alegre: Artes Médicas.
DUQUE-ESTRADA, Paulo César (2008) Espectros de Derrida. Rio de Janeiro: PUC e Nau.
ELIAS, Nobert Os estabelecidos e os outsiders: sociologia das relações de poder a partir de uma pequena comunidade. Tradução: Vera Ribeiro. Rio de Janeiro, Zahar
GOFFMAN, Erving. (1988), Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. Tradução de Márcia B.M.L. Nunes. 4ª. Ed. Rio de Janeiro, Guanabara. p.137-150.
GONÇALVES SILVA, Petronilha Beatriz. (2002) Experiências Étnico-Culturais para a Formação de Professores. Belo Horizonte: Autêntica.
HALL, Stuart. (2004), A Identidade cultural na pós-modernidade. 9ª . ed. Tradução de Tomaz Tadeu da Silva e Guacira Lopes Louro. Rio de Janeiro: DP&ª.
LARROSA, Jorge & LARA, Nuria Pérez (1998) Imagens do Outro. Petrópolis RJ: Vozes.
MERLEAU-PONTY, Maurice (2004), “ O homem visto de fora”. In: M. Merleau-Ponty. Conversas -1948. São Paulo: Martins Fontes.
SERIE PENSAMENTO NEGRO E EDUCAÇÃO. (2002) Multiculturalismo e a Pedagogia Multirracial e Popular . Florianópolis: Atilènde, v. 8, dezembro.
PAIXAO, Marcelo Jorge P. (2003), Desenvolvimento Humano e relações raciais. Rio de Janeiro, DP&A.

TAJFEL, Henri. (1982), Grupos humanos e categorias sociais. Tradução de Lígia Amâncio. Lisboa, Livros Horizonte; vol. I e II.
WOODWARD, Kathryn. (2004), Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual. In: T.T da Silva (org) 3ª. Ed. Identidade e diferença. Petrópolis: Vozes. p.7-72.

Vídeos:

Filosofia para o dia a dia. Autor Alan De Botton

Atividades de Ensino-Aprendizagem
Leitura e Escrita: a aula será pautada nas atividades de leitura e escrita acerca de temas propostos pela professora e participantes da disciplina.

Ler para aprender – escrever para aprender
Texto: BERNARDO, Gustavo. Educação pelo argumento. Rio deJaneiro: Rocco; 2000.

Maneiras de estudar
Texto: NORTHEDGE, Andrew. Técnicas para estudar com sucesso. Tradução: Susana M. Fontes e Arlene D. Rodrigues. Florianópolis SC, The open University e UFSC, 1998.

Avaliação
Participação e Freqüência.
Elaboração de textos breves de sistematização de estudos.
Elaboração e apresentação de seminários.
Auto-avaliação
E-mail: idamara@ced.ufsc.br
www.educaestigma.blogspost.com/